quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Grupo Chasky



No dia 6 de Novembro, junto com a abertura da Exposição Corpo e Alma, acontecerá uma apresentação do grupo Chasky, música andina.

O grupo é composto por integrantes de diferentes nacionalidades e idades. Nas diversas formações, os componentes mais antigos atuam como disseminadores e formadores em música andina, com inclusão de jovens músicos no grupo. Este encontro de diversas gerações e culturas lhe garante uma grande pluralidade musical que pode ser percebida tanto nos arranjos como na escolha do repertório do show musical Crônicas dos Tempos Reencontrados. Com a proposta de estudar e divulgar a rica cultura latino- americana, o grupo Chasky surgiu em 1960 com a vinda ao Brasil de estudantes unversitários de diferentes paises da América do Sul. O grupo já participou de vários discos, festivais e concertos importantes no cenário da integração musical da América Latina. Há 29 anos na cidade de Campinas (SP), o grupo já passou por diversas formações e hoje conta com 8 integrantes, três deles das primeiras formações e cinco jovens músicos comprometidos com a valorização dos temas, ritmos e instrumentos tradicionais. Seu repertório traz canções e ritmos do folclore andino e do Brasil, proporcionando assim uma viagem musical que passa por diferentes regiões da América Latina. Ritmos do altiplano como os carnavalitos, huainos, bailecitos, cachimbos, cuecas, sayas e chacarera dentre outros, dialogam com ritmos brasileiros como o baião, o boi e a música das bandas de pífanos do nordeste, traçando assim um elo entre países como o Equador, Bolívia, Peru, Argentina e Brasil. Grupo Chasky sempre esteve ligado aos movimentos, em especial, no meio universitário, preocupados com a integralização e valorização das culturas da América Latina. Com sua particicipação em diversos encontros comprometidos com esta causa, o grupo teve seu importante papel de fortalecê-la com sua expressão artística e ao mesmo tempo política.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Novidade!!

A primeira sede da exposição Corpo e Alma será no Espaço Cultural Casarão do Barão, tendo seu início no dia 06 de Novembro e término no dia 06 de Dezembro.
O espaço localiza-se próximo da estrada da Rhodia. Passando a Escola E. Prof. Francisco Álvares,  na Vila Holândia, vira-se à esquerda na primeira rua e logo após umas 4 quadras, já avistamos o casarão cor de rosa.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Tatuagem – Chico Buarque

Quero ficar no teu corpo
Feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Pr
á seguir viagem
Quando a noite vem...
E também pra me perpetuar
Em tua escrava
Que você pega, esfrega
Nega, mas n
ão lava...
Quero brincar no teu corpo
Feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem...
E nos músculos exaustos
Do teu braço
Repousar frouxa, murcha
Farta, morta de cansaço...
Quero pesar feito cruz
Nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem...
Quero ser a cicatriz
Risonha e corrosiva
Marcada a frio
Ferro e fogo
Em carne viva...
Corações de mãe, arpões
Sereias e serpentes
Que te rabiscam
O corpo todo
Mas n
ão sentes...

I like my body when it is with your body - E.E. Cummings


i like my body when it is with your
body. It is so quite a new thing.
Muscles better and nerves more.
i like your body. i like what it does,
i like its hows. i like to feel the spine
of your body and its bones, and the trembling
-firm-smooth ness and which i will
again and again and again
kiss, i like kissing this and that of you,
i like, slowly stroking the, shocking fuzz
of your electric fur, and what-is-it comes
over parting flesh . . . . And eyes big love-crumbs,
and possibly i like the thrill
of under me you quite so new

A hora do cansaço - Carlos Drummond


As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
s
ão eternas até certo ponto.
Duram o infinito vari
ável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.
Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.
Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um ou outro itiner
ário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restitu
ímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.
Do sonho de eterno fica esse gozo acre
na boca ou na mente, sei l
á, talvez no ar.

Metade - Oswaldo Monte Negro


Que a força do medo que tenho
N
ão me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
N
ão me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
N
ão sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a
única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tens
ão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulc
ão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu n
ão sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o esp
írito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela n
ão saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canç
ão.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.