Corpo e Alma
Aqui os interessados em participar da exposição “Corpo e Alma” terão acesso ao regulamento, bem como à coletânea literária que servirá de provocação para que possam enviar-nos fotografias acerca da temática. Até o final de novembro de 2011 este espaço será o mural de todas as fotos enviadas para compor a exposição itinerante “Corpo e Alma”.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Grupo Chasky
No dia 6 de Novembro, junto com a abertura da Exposição Corpo e Alma, acontecerá uma apresentação do grupo Chasky, música andina.
O grupo é composto por integrantes de diferentes nacionalidades e idades. Nas diversas formações, os componentes mais antigos atuam como disseminadores e formadores em música andina, com inclusão de jovens músicos no grupo. Este encontro de diversas gerações e culturas lhe garante uma grande pluralidade musical que pode ser percebida tanto nos arranjos como na escolha do repertório do show musical Crônicas dos Tempos Reencontrados. Com a proposta de estudar e divulgar a rica cultura latino- americana, o grupo Chasky surgiu em 1960 com a vinda ao Brasil de estudantes unversitários de diferentes paises da América do Sul. O grupo já participou de vários discos, festivais e concertos importantes no cenário da integração musical da América Latina. Há 29 anos na cidade de Campinas (SP), o grupo já passou por diversas formações e hoje conta com 8 integrantes, três deles das primeiras formações e cinco jovens músicos comprometidos com a valorização dos temas, ritmos e instrumentos tradicionais. Seu repertório traz canções e ritmos do folclore andino e do Brasil, proporcionando assim uma viagem musical que passa por diferentes regiões da América Latina. Ritmos do altiplano como os carnavalitos, huainos, bailecitos, cachimbos, cuecas, sayas e chacarera dentre outros, dialogam com ritmos brasileiros como o baião, o boi e a música das bandas de pífanos do nordeste, traçando assim um elo entre países como o Equador, Bolívia, Peru, Argentina e Brasil. Grupo Chasky sempre esteve ligado aos movimentos, em especial, no meio universitário, preocupados com a integralização e valorização das culturas da América Latina. Com sua particicipação em diversos encontros comprometidos com esta causa, o grupo teve seu importante papel de fortalecê-la com sua expressão artística e ao mesmo tempo política.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Novidade!!
A primeira sede da exposição Corpo e Alma será no Espaço Cultural Casarão do Barão, tendo seu início no dia 06 de Novembro e término no dia 06 de Dezembro.
O espaço localiza-se próximo da estrada da Rhodia. Passando a Escola E. Prof. Francisco Álvares, na Vila Holândia, vira-se à esquerda na primeira rua e logo após umas 4 quadras, já avistamos o casarão cor de rosa.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Tatuagem – Chico Buarque
Quero ficar no teu corpo
Feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Prá seguir viagem
Quando a noite vem...
Feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Prá seguir viagem
Quando a noite vem...
E também pra me perpetuar
Em tua escrava
Que você pega, esfrega
Nega, mas não lava...
Em tua escrava
Que você pega, esfrega
Nega, mas não lava...
Quero brincar no teu corpo
Feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem...
Feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem...
E nos músculos exaustos
Do teu braço
Repousar frouxa, murcha
Farta, morta de cansaço...
Do teu braço
Repousar frouxa, murcha
Farta, morta de cansaço...
Quero pesar feito cruz
Nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem...
Nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem...
Quero ser a cicatriz
Risonha e corrosiva
Marcada a frio
Ferro e fogo
Em carne viva...
Risonha e corrosiva
Marcada a frio
Ferro e fogo
Em carne viva...
Corações de mãe, arpões
Sereias e serpentes
Que te rabiscam
O corpo todo
Mas não sentes...
Sereias e serpentes
Que te rabiscam
O corpo todo
Mas não sentes...
I like my body when it is with your body - E.E. Cummings
i like my body when it is with your
body. It is so quite a new thing.
Muscles better and nerves more.
i like your body. i like what it does,
i like its hows. i like to feel the spine
of your body and its bones, and the trembling
-firm-smooth ness and which i will
again and again and again
kiss, i like kissing this and that of you,
i like, slowly stroking the, shocking fuzz
of your electric fur, and what-is-it comes
over parting flesh . . . . And eyes big love-crumbs,
and possibly i like the thrill
of under me you quite so new
A hora do cansaço - Carlos Drummond
As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade.
Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.
Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um ou outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.
e todos nos cansamos, por um ou outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.
Do sonho de eterno fica esse gozo acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.
Metade - Oswaldo Monte Negro
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
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